Às vezes sinto falta de uma dose de criatividade. Sinto falta de vocabulário, até mesmo de idéias. Sinto um leve desespero. Escrevo uma, duas linhas tortas; frases sem sentido; palavras mal grafadas; nenhuma concordância.
Sobre o que escrever? Quantas páginas? Não, isso não tem sentido. Sobre pessoas? Não me arrisco. Publicidade? Talvez. Escrever sobre o que amamos é complexo; pensamos dominar o assunto, escrevemos loucamente; o que amamos, supostamente, nos inspira, nos faz viajar pelo mundo literário.Risos, e a verdade vem à tona :quanto mais íntimo , mais difícil de se fazer descrições, citações, dar opiniões. Voltamos ao início.
É muito difícil ser criativo.Mesmo.Escrever criativamente utilizando frases populares. Criar uma frase de impacto; um título incomparável; um slogan memorável; um texto interessante e ,principalmente, legível.Difícil, não impossível. Às vezes surge aquele sentimento misto de pena e de raiva dos não criativos, dos atendimentos , mídias e tantos outros segmentos que inutilizam da aptidão para formular ideias geniais.Mas logo passa.Risos.Muitos risos.Caí em publicidade novamente.
Como tudo na vida, há o lado divertido de não se ter boas ideias: o desafio de tornar a situação menos desconfortável possível.
Um copo de água, dois de café. Um tempo no 'fumódromo' olhando o lindo céu azul e sol que ilumina a paisagem - mentira, estamos em Curitiba.Pensa, pensa, e nada sai. Anuários, isso anuários! Quando não se tem uma ideia nada melhor que parafrasear a de alguém. Roteiros de Tv, páginas de revista, spots de rádio, outdoors...'como eu não pensei nisso antes, tão simples e tão..genial'.Isso é comum. Fecho a anuário. Computador. Sites de buscas, blogs, clube de criação : em busca de referências; tudo é válido. O tempo continua passando, ele não tem paciência. Ninguém tem paciência.O prazo? Era pra ontem - literalmente."Da onde vou tirar essa tal inspiração? De onde vem a criatividade? Podemos desenvolvê-la ou isso é algo inerente a cada pessoa?" Pensamentos soltos.
Até que , em meio ao caos psicológico, surge a idéia.Simples assim, surge. "Porque tanta demora! É óbvio que essa é a melhor sacada! Genial!"
Escrevo.Escrevo.Escrevo. E entrego.Eu gosto disso.Aliás, gosto muito disso.
Consegui.
Hora do descanso. Pego a mochila, e
- Hey , jean, pera aí!
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Rotina
Qual o sentido da vida afinal? Temos uma missão? Algo importante a cumprir?
Encaro a vida como um desafio? Algo que nos leva ao crescimento espiritual com o passar das encarnações, ou algo banal, descartável e sem valor?
Venho pensado constantemente sobre a vida em si. Será que vale a pena viver? Será que vale a pena estar viva para levar uma vidinha medíocre como a minha? Uma vidinha funcionário público na qual a rotina é sempre a mesma?
E como isso é intediante...
Banho, 10 minutos no máximo. Dentes, movimentos circulares e repetitivos.Ónibus, é, a jornada vai começar. Trabalho:inúmeros relatórios a serem digitados em tempo record. Pausa para o almoço, ou melhor, somente um lanche.
De volta ao escritório – lá há mais atas e processos a serem feitos.Tristeza, raiva, lágrimas. Ónibus.De volta pra casa.
Sinceramente , cansei. Cansei dessa rotina maldita. Já fiz de tudo para mudá-la , e evitar assim uma desgraça maior, fiz de tudo mesmo.
Comecei pelo penteado. Em seguida , o estilo. E por último meu jeito de ser, meu comportamento, tentando ser mais sexy, ousada .Essas tentativas para uma possível mudança de nada adiantaram; percebi que o problema não estava no penteado, nas roupas, no estilo ou na rotina em si. O problema estava em mim.Ou melhor, eu era meu maior problema. Sempre descontente,sem dar sequer um sorriso, sempre ingrata e desgostosa com tudo e todos ao meu redor.
Já era hora de mudar essa situação.
Sim , eu tinha que ao menos fazer uma coisa boa nessa minha desgraçada passagem pelo o que chamam de Terra. .
No entanto,já sem forças e sem compreender o que vem ser a vida e seu sentido agora começo a tratá-la como algo descartável, algo non-sense.
Cansei. Já não quero quebrar rotina nem viver algo inesperado. Já não quero viver. E outra, nada me prendi aqui. Nada.
Deixo a vida sem saber se cheguei, algum dia, a vivê-la.
Ah, sim, quanto a culpa? Não há. Vou sem remorço ou coisa do gênero. Talvez encontre algo melhor do outro lado.
Talvez não.
04/03/2008
Encaro a vida como um desafio? Algo que nos leva ao crescimento espiritual com o passar das encarnações, ou algo banal, descartável e sem valor?
Venho pensado constantemente sobre a vida em si. Será que vale a pena viver? Será que vale a pena estar viva para levar uma vidinha medíocre como a minha? Uma vidinha funcionário público na qual a rotina é sempre a mesma?
E como isso é intediante...
Banho, 10 minutos no máximo. Dentes, movimentos circulares e repetitivos.Ónibus, é, a jornada vai começar. Trabalho:inúmeros relatórios a serem digitados em tempo record. Pausa para o almoço, ou melhor, somente um lanche.
De volta ao escritório – lá há mais atas e processos a serem feitos.Tristeza, raiva, lágrimas. Ónibus.De volta pra casa.
Sinceramente , cansei. Cansei dessa rotina maldita. Já fiz de tudo para mudá-la , e evitar assim uma desgraça maior, fiz de tudo mesmo.
Comecei pelo penteado. Em seguida , o estilo. E por último meu jeito de ser, meu comportamento, tentando ser mais sexy, ousada .Essas tentativas para uma possível mudança de nada adiantaram; percebi que o problema não estava no penteado, nas roupas, no estilo ou na rotina em si. O problema estava em mim.Ou melhor, eu era meu maior problema. Sempre descontente,sem dar sequer um sorriso, sempre ingrata e desgostosa com tudo e todos ao meu redor.
Já era hora de mudar essa situação.
Sim , eu tinha que ao menos fazer uma coisa boa nessa minha desgraçada passagem pelo o que chamam de Terra. .
No entanto,já sem forças e sem compreender o que vem ser a vida e seu sentido agora começo a tratá-la como algo descartável, algo non-sense.
Cansei. Já não quero quebrar rotina nem viver algo inesperado. Já não quero viver. E outra, nada me prendi aqui. Nada.
Deixo a vida sem saber se cheguei, algum dia, a vivê-la.
Ah, sim, quanto a culpa? Não há. Vou sem remorço ou coisa do gênero. Talvez encontre algo melhor do outro lado.
Talvez não.
04/03/2008
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