terça-feira, 26 de maio de 2009

considerações sobre o tempo (3)

Não sei se quero que ele passe.
Não só o tempo.

Não sei se quero que ele passe.

Creo que el silencio en este caso, además de ser más conveniente, resume muy bien este momento: vacío.

(des)conexões.

Hoje estou completamente sem inspiração. Estanho. O que estaria eu fazendo aqui? Se nada tenho a acrescentar a vocês? Também não sei a resposta, só senti que precisava postar alguma coisa por aqui.
Eu queria escrever algo bonito, algo gostoso de ler. Mas hoje está difícil.

Ah! Achei um assunto!
Sabe o que eu queria que inventassem? Uma máquina para poder descubrir o que se passa na mente de algumas pessoas. Juro! Seria muito útil. Diminuiria distâncias, dores, momentos desagradáveis e , ao mesmo tempo, aproximaria as pessoas certas e as felicidades inerentes a cada um. Seria mágico!

Tenho vontade de desvendar a mente de algumas pessoas. Não precisa de detalhes, me contentaria com o básico, com o superficial talvez. Ai, não sei se me contentaria na real; talvez um segredo mortal. Um ou dois. Três? Ok.

Afinal de contas , todos tem segredos. Procede? Alguns tentam esconder o máximo de tempo possível, será mesmo possível? Ás vezes um grande segredo que você acredita guardar somente para si mesmo está explicitamente claro. Ás vezes não. Quem sabe, só alguém com os sentidos mais apurados consiga percebê-lo.

E quanto a idéia de submeter a própria felicidade a valores desvalorizados(pelo menos do meu ponto de vista)? Será que realmente é válido?


Acho que deixei muita gente confusa. Ando causando muita confusão ultimamente. Não sei até onde isso é bom. Se é que é bom.

Creio que o silêncio, neste instante, além de ser extremamente mais conveniente resume bem este momento: vazio.

domingo, 24 de maio de 2009

considerações sobre o tempo (2)

Hoje abri meu caderno de anotações o " O povinho criativo" meio que numa tentativa de achar algum escrito que me deixasse mais feliz. E lí o seguinte :

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim."


O tempo passou para a Lispector. Será que pode passar para mim?


update

Pode e passou. (:

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amor com amor se paga. Ou não.

E foi quando abri o MNS e li no subnick de alguém “ Falzas Esperanzas” uma música, obviamente , em espanhol da Shakira. Meio que num presságio, meio que num reflexo de um momento futuro, senti que, ao abrir orkut, não veria uma notícia boa.



Como todo apaixonado , tolo e sem noção nenhuma da realidade, prendi-me há uma falsa esperança de que ainda haveria uma possibilidade. De que haveria alguma chance da vida dar uma revira-volta e das coisas ficarem mais claras, mais translúcidas, mais verdadeiras. Confiei demais na vida, e porque não dizer na sorte? Vidro fosco. Foi isso o que eu vi. Nenhuma imagem. Só sombras. Sombras escuras e tristes.

Fazia tempo que não me sentia assim. Fazia tempo que alguém não despertava tamanha paixão, tamanho interesse. Aliás, passada algumas experiências nada interessantes na recente adolescência marcada por privações e negações ( de todas as partes, por todas as pessoas, pelo mundo) não me permitia mais esse tipo de sentimentalismo.”Amar é para os fracos” repetia insistentemente todos os dias numa maneira escrota de tentar me convencer de que amar era , realmente, para os fracos.Era?É?Foi?Não, ainda não foi.



Sabe que com essa experiência me senti até mais humano? Um sentimento, totalmente verdadeiro, se aflorou com o passar do tempo... confesso que achei bonito ver todo o processo – só não esperava o desfecho que se teve, mesmo. Era o que eu conversava com uma amiga e com você ali no começinho do texto, por mais que você saiba que há uma possibilidade de dar tudo errado, sempre há aquela esperançinha bem no fundo do coração cintilando : calma, você vai conseguir. Mas ela é traiçoeira, seduz e depois apaga seu brilho. E para nos ver sofrer, submete a própria existência sem pestanejar. Plim. A luz se vai, as cortinas se fecham e o espetáculo acaba. Acaba pra quem vê de fora, acaba pra quem acompanhou tudo o que houve, mas pra mim continua...



Tudo na vida é uma questão de escolhas.To certo? Enfim, é uma questão de tempo. É uma questão de estar preparado para receber e dar notícias. Dar novidades – por um lado boas e libertadoras, por outro tristes e repressoras. Temos que saber lidar. Saber assumir o que sentimos. Fiz isso agora, publiquei este texto e espero que , alguém que tenha passado pelo mesmo que eu , se identifique e procure não ficar tão mal. Que hipócrita eu, to super mal aqui quase que corroído por dentro e pagando de “já superei”. Sendo sincero : o amor machuca. E “falzas esperanzas” destroem. Obrigado Shakira pela premonição.