Mudar, transferir de um lugar para outro; desviar; substituir; ir viver em outro lugar. Definição lógica e racional , retirada do Silveira Bueno. Porém, eu , na condição de ''simples mortal'' - e agora estudante universitário (óóó)- preferiria colocar como sinônimo algo mais simples como ''transformar-se''. E é por esse processo que passo atualmente. Mudança. De um estudante de ensino médio à universitário de uma instituição pública.
Após estudar (muito) 2 anos (sim, terceirao e cursinho), conquistei a tão sonhada vaga em uma das melhores universidades do país ( UFPR), no curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Acreditava que isso bastaria para se ter um curriculum invejável e que serviria como diferencial. Engano meu.
Ontem em uma palestra na universidade mesmo, o publicitário Luiz H.Groff, ganhador de vários prémios na área da comunicação,dentre eles o Cannes, mostrou o que vem a ser a publicidade , tirou aquela ideia de glamour , festas e coisas do gênero. Disse que a publicidade ,em geral, deve se restringir a pessoas competitivas ao extremo e que gostem de trabalhar sob pressão. Falou que são formados aproximadamente 1000 publicitários por ano só na região de Curitiba. Na ordem direta, o que foi dito por ele :'' O mercado está saturado, porém é raro encontrar alguém para trabalhar nas agências. Falta qualidade e experiência''. Grande paradoxo, no entanto extremamente compreensível. Há vagas nas agências, mas só para os melhores.
Groff, comentou sobre a federal e os alunos de comunicação desta instiuição. Disse que nos esforçamos muito para entrar nesta universidade, porém raramente eles utilizam o nome da universidade como critério de desempate. Sim, isso me chocou, e muito. Disse também que tinha um certo preconceito em relação aos alunos da federal, achava que ainda existia um ''ranço'' comunista dentro da faculdade, e por isso evitava contratrar ou dar estágios ao alunos UFPR.
Isso me deixou em estado de choque por uns instantes. Quando ouvi essas palavras, minha mente fez ,literalmente, uma viagem à toda minha tragetória de noites mal dormidas , de festas perdidas nos finais de semana e de tantas horas de estudos para entrar numa universidade pública. Repensei ,e até cheguei a me questionar se estava no curso certo. Me deu uma falta de ânimo , algo muito ruim.Contudo, lembrei do meu sofrimento em controlar minha ansiedade, do meu sofrimento em entender a química a física e a matemática para poder assim passar no vestibular e conquistar a tão sonhada vaga. Isso me deu força e coragem para prosseguir, afinal , está só começando!
Trabalhar sob pressão, passar noites em claro para terminar em tempo uma campanha publicitária é o sonho de poucos, é algo que poucas pessoas querem para suas vidas.No entanto,considero estar inserido entre essas poucas pessoas.Amo a publicidade e a profissão em si. Estou cada vez mais certo de que este é meu curso, e que esta é a vida que quero ter. E , aqui entre nós, eu adoro um desafio.
Após estudar (muito) 2 anos (sim, terceirao e cursinho), conquistei a tão sonhada vaga em uma das melhores universidades do país ( UFPR), no curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Acreditava que isso bastaria para se ter um curriculum invejável e que serviria como diferencial. Engano meu.
Ontem em uma palestra na universidade mesmo, o publicitário Luiz H.Groff, ganhador de vários prémios na área da comunicação,dentre eles o Cannes, mostrou o que vem a ser a publicidade , tirou aquela ideia de glamour , festas e coisas do gênero. Disse que a publicidade ,em geral, deve se restringir a pessoas competitivas ao extremo e que gostem de trabalhar sob pressão. Falou que são formados aproximadamente 1000 publicitários por ano só na região de Curitiba. Na ordem direta, o que foi dito por ele :'' O mercado está saturado, porém é raro encontrar alguém para trabalhar nas agências. Falta qualidade e experiência''. Grande paradoxo, no entanto extremamente compreensível. Há vagas nas agências, mas só para os melhores.
Groff, comentou sobre a federal e os alunos de comunicação desta instiuição. Disse que nos esforçamos muito para entrar nesta universidade, porém raramente eles utilizam o nome da universidade como critério de desempate. Sim, isso me chocou, e muito. Disse também que tinha um certo preconceito em relação aos alunos da federal, achava que ainda existia um ''ranço'' comunista dentro da faculdade, e por isso evitava contratrar ou dar estágios ao alunos UFPR.
Isso me deixou em estado de choque por uns instantes. Quando ouvi essas palavras, minha mente fez ,literalmente, uma viagem à toda minha tragetória de noites mal dormidas , de festas perdidas nos finais de semana e de tantas horas de estudos para entrar numa universidade pública. Repensei ,e até cheguei a me questionar se estava no curso certo. Me deu uma falta de ânimo , algo muito ruim.Contudo, lembrei do meu sofrimento em controlar minha ansiedade, do meu sofrimento em entender a química a física e a matemática para poder assim passar no vestibular e conquistar a tão sonhada vaga. Isso me deu força e coragem para prosseguir, afinal , está só começando!
Trabalhar sob pressão, passar noites em claro para terminar em tempo uma campanha publicitária é o sonho de poucos, é algo que poucas pessoas querem para suas vidas.No entanto,considero estar inserido entre essas poucas pessoas.Amo a publicidade e a profissão em si. Estou cada vez mais certo de que este é meu curso, e que esta é a vida que quero ter. E , aqui entre nós, eu adoro um desafio.
