quarta-feira, 13 de abril de 2011

go away

Hoje senti o que não tem nome. O desconhecido, o não tocável. Se não toco, não existe. É assim? Não. Hoje senti-me estranho ao escutar depois de meses aquela música. Aquela canção que falava sobre um telefone não parava de tocar, aquele telefone que ninguém atendia porque estava k-kinda busy.

K-kinda weird. Não tem nada a ver com amor, ou tem de certa forma. Mas não o amor que os homens estão acostumados a lidar, aquele amor carnal, físico, sexual. Era algo de espírito. De espíritos que se encontraram em meio a tantos. By the way, uma fase incrível e turbulenta. Talvez incrível por ser turbulenta, ou turbulenta por ser incrível. Mas uma época que jamais vai me sair da minha memória. Aquela irresponsabilidade gostosa de quem estava começando a descobrir caminhos por outra hora nunca percorridos. Encontrando por esse lugar, outros com as mesmas vontades, curiosidades. Outros sonhadores que não viam no limite a impossibilidade de se aventurar. Please, baby, stop calling. I'm having fun with my crew. Como em poucos meses nossa vida pode dar um salto quase que em 180 graus. Já não existe aquela motivação, nem aquela vontade de descobrir o novo - será que descobrimos tudo o que deveríamos? será que abusamos do destino e fomos além? Fomos tão longe que, já depois de tanto tempo, não conseguiremos voltar? - não existe mais.
Ramos, ramificações, bifurcações, curvas sinuosas, estrada de madeira velha, estrada acidentada, caminho incerto, caminho mais que certo. Tomou-se a direção e seguiu-se. Sem olhar pra trás. Sem sequer olhar pra trás. Antes, chamaria sem pestanejar : egoístas! Mas já não há o que ser feito. Quando a coisa vai, é porque tem que ir. Se seguramos, ela escapa por entre nossos dedos. E aí vai ser pior. Vai ser pior porque vai ficar os vestígios da coisa ( entre os dedos, entre as unhas) e jamais vamos conseguir nos libertar.

Vai. Vão.
Eu fico.

Por ser teimoso.
Por ser orgulhoso.
Por ter perdido aquilo que chamam de fé.

Nenhum comentário: